

Programação do I Seminário Nacional Maternidade e Universidade
ATENÇÃO: PARA GARANTIR O SEU CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO, É NECESSÁRIO REALIZAR A INSCRIÇÃO NO EVENTO E, POSTERIORMENTE, INSCREVER-SE NAS ATIVIDADES (MESAS).
TODAS AS ATIVIDADES, SEJAM ELAS ONLINE OU PRESENCIAIS, EXIGEM INSCRIÇÃO PELO SITE DO EVENTO.
PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES
09:00h
Divulgação das Apresentações Orais de Trabalhos aprovados no I Seminário Nacional Maternidade e Universidade
Formato: Assíncrono - Canal do Núcleo Materna no YouTube
14:00 às 16:00 - Mesa de Abertura
Mães negras e indígenas nas espirais da contemporaneidade
Formato: Online - Even e Youtube (Requer inscrição no Even)
Organização: Estudos da Maternidade
Participantes:
Elenia Cardoso - Mãe solo atípica de Théo Akin. Nascida nos anos 80 na cidade de Salvador entre os bairros de Luiz Anselmo e os trilhos dos trens do subúrbio ferroviário, especificamente em Periperi. O que me fez compreender os diferentes matizes, paisagens, e a multiplicidade da cidade da Bahia. As artes sempre me foram uma paixão desde criança. O teatro, a literatura, o cinema e a música me despertavam fascínio e curiosidade. Licenciada em História pela Universidade Católica do Salvador, professora da rede estadual, pesquisadora especialista em História e Cultura Afro Brasileira e indígena pela Faciba. Tecnóloga em Gestão empresarial pelo Instituto Baiano de Ensino Superior trabalhei por mais de 10 anos no mundo corporativo. Escritora, contista, poeta, participei de mais de onze coletâneas como: Literatura Negra Feminina, Contos de Amor Preto, e Que toda a palavra dita ou escrita seja amor Volumes I e II. Em 2020 desenvolvi uma página no Instagram @maternidadesplurais um espaço de escuta, acolhimento e afeto para mães.
Niara Nukini - Indígena do povo Nukini, estudante de Antropologia na Universidade de Brasília-UnB , Mãe, vice-coordenadora da Organização das Mulheres Indígenas do Acre e Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (Sitoakore) e secretária executiva da Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (AAIUNB). Minha caminhada é pela defesa dos direitos indígenas, pela valorização cultural e pelo fortalecimento das mulheres e estudantes indígenas nos espaços de decisão.
Mediação:
Thais Lopes, mãe de uma menina, é engenheira mecatrônica, designer de processos regenerativos e mentora de mães líderes. Fundadora e CEO da Mães Negras do Brasil, também atua como consultora, conduzindo tecnologias sociais para pessoas a instituições que querem se integrar um futuro tech sustentável.
Sobre o I Seminário Nacional Maternidade e Universidade
Nos últimos anos tem se intensificado o debate sobre a maternidade dentro dos estudos sobre gênero, raça e classe. Em uma rede interinstitucional tecida no Brasil, temos reconhecido que o trabalho doméstico e a criação de crianças constituem um conjunto de funções atravessadas por dinâmicas culturais, econômicas e subjetivas, que, embora fundamentais para a reprodução da vida, permanecem socialmente invisibilizadas.
Ao mesmo tempo, não podemos esquecer que nesse terreno também se forjam resistências: mulheres que constroem redes de apoio, que reinventam formas de partilha e solidariedade, que afirmam sua dignidade mesmo diante da desvalorização social e da precariedade de suas trajetórias. A maternidade, ainda que capturada por lógicas de exploração, também se revela como campo de invenção de práticas políticas, de transmissão de saberes e de sustentação da vida.
Lidar com múltiplas jornadas, em muitos casos, deságua na maneira como administramos outros setores e formas da nossa existência, impactando os caminhos profissionais, de estudo e de criação. Mas é justamente nesse entrecruzamento, entre a sobrecarga e a criação de brechas, que se abrem possibilidades de reorganizar o tempo, de construir coletividades e de reivindicar que a maternidade não seja apenas sinônimo de sacrifício, mas também de resistência, memória e futuro.
Em vista disso, nossa proposta é para pensarmos juntas/os/es sobre como temos lidado e construído movimentos ativistas, teóricos e metodológicos para enfrentar estruturas que tentam nos vulnerabilizar e impedir o exercício de nossa autonomia e bem-viver.
É no desejo de estabelecer um diálogo sobre maternidade e cuidado em diversas partes do Brasil que, pela quarta vez nos reunimos e, neste segundo semestre de 2025, organizamos o I Seminário Nacional Maternidade e Universidade, após a realização de 3 seminários locais (2019, 2022 e 2023), onde pudemos estabelecer redes valiosas com ativistas e pesquisadoras de todo o Brasil.
O Seminário será realizado nos dias 10, 11 e 12 de dezembro de 2025, em formato híbrido, e está sendo organizado pelas instituições UFRJ, UERJ, UFF, UFRGS e UFPE, através do Núcleo Materna, Projeto de Extensão Mães na Universidade da UFRJ, Estudos da Maternidade, Coletivo Mães da UFRJ, Movimento Mães da UFF, Projeto de Extensão Maternagem, Mídia e Infância - MMI/UFPE, Coletivo Mães F3P-EFICE da ESEFID/UFRGS, Coletivo Mães na UFRGS, Coletivo Mães e Pais da UERJ, Coletivo de Mães Ayend Nascimento da Unirio, Coletivo Mães da PUC Rio, APG PUC Rio, Coletivo de Pais e Mães da UFRRJ, Coletivo MãEstudantes da UFSC e Coletivo de Mães da UFBA, com transmissão ao vivo pelo YouTube do evento e plataforma Even.
Organizar um seminário nacional com a temática das maternidades nas universidades permite:
-
consolidar redes de pesquisa e ativismo entre diferentes regiões do Brasil;
-
estimular diálogo interdisciplinar em torno de maternidade, cuidados, interseccionalidade e colonialidade;
-
fomentar a produção de conhecimento teórico e artístico sobre maternidades universitárias;
-
aprender com o conhecimento empírico e organizações ativistas que se desenham fora do ambiente institucional;
-
promover visibilidade para políticas de permanência e cuidado nas universidades.
Além disso, articula-se com experiências anteriores dos Seminários Maternidade e Universidade da UFRJ, que já vêm propiciando espaços de interlocução entre pesquisadoras/es, coletivos de mães nos ambientes acadêmicos e políticas institucionais.



